Como responder propositivamente diante do colapso climático?
Quatro mulheres lideram a vingança da terra e convidam o público para uma ação poético-botânica, esperando o dia em que a mata vai brotar pelo asfalto e tomar a cidade de volta. Tudo pode parecer perdido, mas ainda tem terra.
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o grupo
O TEATRO CAMINHO é um grupo baseado no Rio de Janeiro. Nasceu em 2014 e, desde então, investiga relações entre cena, espaço e itinerância. Realiza espetáculos, filmes e performances fora das salas de teatro – seja numa casa, numa biblioteca pública abandonada, nas ruas do centro da cidade, num galpão de triagem de resíduos ou numa sala de Zoom.
Seu primeiro trabalho foi Casa vazia, espetáculo de 24 horas de duração que acontecia em casas da cidade, contemplado duas vezes pelo programa de fomento da Secretaria Municipal de Cultura. Em 2017, estreou Eu vou aparecer bem no meio do seu sonho, site-specific que levava o público pelas ruínas de uma biblioteca pública abandonada.
Em 2018, realizaram pelo Centro do Rio a série de ações aventuras estranhas, da qual nasceu Amazona, thriller itinerante que começa num espaço fechado e explode pelas ruas. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro com financiamento da Capes e desde então circulou por cidades como Belo Horizonte e Lisboa, em Portugal, e voltou a entrar em cartaz no Rio, contemplada pela lei Aldir Blanc.
Em 2020, na pandemia, estreou o quarto espetáculo, o solo O filho do presidente. Primeira produção brasileira especialmente concebida para o live-streaming, o espetáculo foi no ano seguinte contemplado pela lei Aldir Blanc, e teve sua dramaturgia publicada pelas edições Cândido.
Nos últimos anos, vem realizado filmes e performances que abrem espaço de reflexão e de proliferação de vida em meio ao colapso climático. Em suas últimas criações, colaborou com pedras e montanhas, rios e manguezais, lixos e catadoras de lixo, pescadores e catadores de caranguejo, atrizes, atores, biólogues e dançarines.
Entre os trabalhos recentes estão o filme e a série de laboratórios-performance Emaranhada, contemplado por edital de fomento da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro; a performance pública DANÇA, MERCADORIA!; o curta-metragem Sol e a montanha, que recebeu o prêmio Ondas da Cultura da Funarj; e a residência franco-brasileira Le bruit des pierres/Barulho das pedras, contemplada pela bolsa Funarte e Aliança Francesa, em parceria com a MC2 Maison de la Culture de Grenoble.